Eu não jogo na retranca

Eu não jogo na retranca.
Se for para me defender,
Dispenso ir para o playground.
A vida é área de prazer.

Não sou guerreira.
Minha bandeira é da paz.
Se forem minados os campos
Serei arremessada para o ar.

Os novos,
Inabitados espaços da existência
Atraem-me e por isso
Retranca soa como ofensa.

Minha vivência se dá de coração.
Se for para me defender,
Tua cidadania revogarei.
Sou mais adepta da explosão.

Eu não sei jogar.
Minha alma prefere o Amor.
Mergulho livre, salto solta,
Sem ataque nem defesa.

Viver na retranca não é a minha.
Jogo a toalha, levanto-me nua.
Se for para me esconder,
Despeço-me e voo.